Hoje a minha avó pediu que o meu pai a levasse ao cemitério para limpar o túmulo do meu avô e renovar as flores. Sempre percebi no relacionamento deles um pacote de amor, cuidado e respeito e pelo jeito, isso a morte não levou. Eles construíram um relacionamento sólido de afeto, pois se construíram juntos. Cada um com os seus defeitos, a falha de um era o tijolinho que estabilizava o outro e vice-versa. A morte pode até nos tirar deste plano, mas não leva as relações que construímos, nem os frutos que deixamos.
Às vezes somos fúteis, nos importamos com coisas que exportam nossas energias pra longe, com pessoas abstratas que não vão além da carcaça. Mas hoje, refletindo sobre a atitude da vovó, aprendi uma lição! Importar-se é sair do mundinho externo, das máscaras e aparências e penetrar no mundo das emoções e sentimentos. E não podemos empregar essa importância toda a coisas e pessoas que não tem essa concretude no ser. Aprendi que antes de qualquer coisa devo me perguntar: “ Posso me importar?”. Desejo me construir e ajudar outras pessoas a se construírem também. Agradeço aos meus avós, pelo aprendizado.
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